“Eu amo o que faço. E nossa meta final não é só levar o evangelho aos ribeirinhos da Amazônia mas glorificar a Deus”. Com essa afirmação quase paradoxal o pastor e missionário Genivaldo Febrônio iluminou um dos trechos de sua prosa-pregação no primeiro dia da Conferência Missionária 2023.
Febrônio e sua família, Mara, André, Tiago, e Silas integram a missão Seara – Serviço de Evangelismo e Assistência aos Ribeirinhos da Amazônia. À convite da IPI do Ipiranga, Genivaldo, um pouco antes, na escola dominical, fez uma retrospectiva de seu trabalho de 21 anos como missionário no norte do país.
“ Levamos a palavra a ribeirinhos e indígenas desde 2004. Trabalhamos em mais de 100 comunidades ribeirinhas e atualmente em 4 municípios: Itacoatiara Nova Olinda do Norte, Maués e Borba”, enumerou.
Projeto de expansão
É muito certo que as grandes distâncias da Amazônia só são entendidas (não explicadas) quando se tem um bom projeto de fé. E o que Genivaldo Febrônio nos apresenta é justamente isso: Influenciado por essas duas grandezas imensuráveis Deus e Amazônia, Febrônio quer ir mais além, mergulhar mais fundo nesses Igapós, furos e braços de rio com suas comunidades repletas de gente que tem água em abundância, mas carecem de mais afinidade com o evangelho.
“Temos um chamado em nosso projeto de expansão chama-se missão Seara Manacapuru Amazonas”, anunciou na escola dominical auxiliado pelo powerpoint.
Genivaldo explica que o projeto de expansão está dividido em duas fases e nessas integram três estratégias de treinamento: Seminário Flutuante, TLC – Treinamento de Líderes nas Comunidades e Instituto Tocar.
“É preciso, no entanto, continua ele, investir na formação de lideranças nativas discipulando e treinando uma nova geração de líderes que vivam e proclamem o evangelho de Jesus Cristo” afirmou.
Cidadezinhas perdidas no meio da floresta
As distância amazônicas entre as cidades – em sua maioria com no máximo 50 mil habitantes – são heroicamente enfrentadas pela missão Seara, seja de barco, de carro ou de avião. Genivaldo, no entanto, aponta um problema recorrente: “ No Amazonas as cidades têm muitas igrejas, de várias denominações, mas elas não conseguem alcançar as pequenas comunidades justamente por causa das longas distâncias ”, pontua.
Só quem conhece a Amazônia como Genivaldo sabe que é mais cômodo ficar em comunidades onde há luz elétrica, serviços básicos de saúde e até Internet.
O desejo de avançar com o projeto missionário e chegar à comunidades ainda não alcançadas é o que move a Missão Seara, e, em especial a família de Genivaldo. “Deixaremos uma região e vamos para outra, começar tudo de novo. Deus nos chamou para esse novo desafio!”, proclamou o missionário.
Abrão
Na segunda parte de sua visita à IPI do Ipiranga, Genivaldo recorreu a Gênesis 12. 1:
“Então o Senhor disse a Abrão: “Saia de sua terra, do Meio de seus parentes e da casa de seus pais e vá para a terra que eu lhe mostrarei”.
“Deus fez o mesmo comigo e com Mara: “Saia de sua Selva de Pedra e vá para a Floresta Amazônica,” comparou.
Com a característica peculiar de quem não tem medos de desafios, Febrônio fez outra comparação para, talvez, diminuir o peso de sua grande missão:
“Abrão e Sara nem sabiam para onde estavam indo. Nós já conhecemos aqueles rios, as pessoas, seus costumes e temos as duas principais qualidades de Abrão: Fé e obediência”.
Que os Seminários Flutuantes alcancem as margens de todo igarapé da Amazônia. Que surjam novos voluntários. Que novos líderes sejam levantados nas comunidades onde Genivaldo chegar e que as orações tenham resposta. Que o Instituto Tocar traduza o amor desta missão e toque bem fundo no coração dos nossos irmãozinhos lá na alta floresta e principalmente no coração de pessoas que possam contribuir financeiramente com esta missão.
Para mais informações de como participar deste projeto :
GENIVALDO FEBRÔNIO
WWW.SEARAPV.ORG
(92) 99146-8954
Por Paulo Atzingen – colaboração para o Ministério de Comunicação da IPI do Ipiranga
LEIA TAMBÉM: