por Paulo Atzingen
Os analistas do Facebook e os cientistas do Twitter brasileiros estão alvoroçados com as notícias dos EUA. Estão incitados pelo ato horroroso de invasão do Capitólio, o congresso americano, nesta última quarta-feira (6), dia em que o presidente eleito Joe Biden ia ser diplomado. Acabou sendo, depois da bagunça, depredação e quatro mortes.
Os analistas do Facebook e os cientistas do Twitter passaram mais da metade da vida sem participar de nenhuma manifestação pública ou ato político, jamais opinaram, mas agora – com as facilidades da tecnologia – defendem seus pontos de vista repassados por correntes de fake-news e analfabetismo funcional.
Os analistas do Facebook e os cientistas do Twitter dizem defender a democracia e a verdade, mas estranhamente agem de forma bruta e violenta e não comprovam o que dizem defender.
Falam que acreditam em Deus e se armam até os dentes mostrando sua fé armamentista. Dizem que defendem a família desde que o filho e a prole tenham privilégios.
É assim como pensam os facebookeiros e twitteiros americanos. A forma grosseira que o presidente Trump se dirigia a seus comandados, aos jornalistas e até mesmo ao povo americano integrava a liturgia do seu poder. Confundem poder com estupidez.
E a invasão ao Capitólio foi o ápice do governo estúpido de Trump. Após incutir na cabeça de parte do povo americano de que as eleições não foram legitimas – mas jamais conseguiu provar isso – sua última cartada foi incitar essa mesma parte do povo a manifestar sua indignação em frente ao Capitólio. Depois invadiram.
Comandados por twiteiros – com um número limitado de caracteres – essa parte do povo americano deve saber que o Capitólio representa o parlamento. É lá onde as leis são discutidas, votadas e aprovadas. É ali que se estabelece os fundamentos da democracia e onde os Democratas X Republicanos duelam com suas ideias, seus projetos, seus acertos e erros.
E para piorar, os analistas do facebook e os cientistas do Twitter com seus parcos caracteres não estão nem aí para o Coronavírus. Negam o inegável. E a República das Bananas chega hoje a 200 mil mortos por Covid.