A cor remete à paixão, o projeto à pós-vanguarda, o design interno desmonta a lógica pura da engenharia e dá um beijo na arte.
A gerente chama-se curadora, os funcionários criativos, os apartamentos estúdios e quem se hospeda, seduzidos.
Suaviza-se o espaço, democratiza-se o ambiente, musicaliza-se o silêncio, cria-se um laço.
No estúdio conecta-se à alma e o cuidado da curadora e dos criativos expressa-se. A caligrafia é de gente amorosa e que sabe receber.
O bar-restaurante é intuitivo e fermenta a dúvida: qual caminho líquido tomar? As banquetas vermelhas sussurram no ouvido: “um drink com cereja”…
Abelhas de cobre em forma de luminárias gravitam diante de uma parede em favos.
Letras no teto formam palavras conexas à vida tecnológica e musical, tribos distintas se encontram no lobby para celebrar a paz mundial.
A luz da tarde despenca no último andar do prédio e quem ela encontra lá em cima?
A academia moderna com uma Campinas abaixo, a perder-se de vista, dourando-se.
(Texto: Paulo Atzingen)
*fotos: Daniel von Lledó