bolhas de sabão
É incompreensível para muitos engenheiros da ciência o infinito e a eternidade

“Uma equação não tem significado para mim a não ser que expresse um pensamento de Deus” (Srinivasa Ramanujan – matemático indiano)

Quando estudei técnicas agrícolas minha ligação com as coisas do céu era maior do que agora que estou na cidade. Era curioso, quanto mais eu sujava a mão de terra e aprendia as coisas simples da roça e do campo, mais eu ficava próximo dos quasares da constelação de Canopus. Quando morei na Amazônia também. Além do céu lá ser mais limpo, o tempo do rio e da natureza tinha algo de essencial que hoje não vejo no tempo dos engravatados, no qual me incluo.

Hoje, quando olho as estrelas não me ocorrem mais perguntas, mas me vêm respostas claras. Deus criou a poeira cósmica, o buraco negro, o berço das galáxias e seu sopro faz ficar suspenso as constelações…

No entanto, essas são meras palavras ilustrativas que parcamente esboçam o Seu poder sobrenatural. Somos filhos do verbo e por meio dele nos expressamos, mas ao mesmo tempo ficamos reféns das palavras. Reproduzimos nossa história e cultura pela palavra e é preciso dizer, ela também é incapaz de traduzir a metafísica de Adonai, o espaço-tempo de Jeová, o bóson de Higgs, também conhecido como “partícula de Deus“.

“Porque mil anos aos teus olhos são como o dia de ontem que passou e como uma vigília da noite”.

Este versículo 4 do Salmo 90, esboça o que quero dizer. O tempo é um dos elementos da vida difícil de se compreender pelo seu subjetivismo. Ele é diferente para um bebê de seis meses e é outro para um executivo. O tempo na floresta é um, o na cidade é outro, no entanto, todos os tempos (o das pessoas) e todos os tempos (dos tempos) da história são lapsos de segundo para Deus e somos fruto e produtos de um grande pêndulo, que fica, ficou e ficará para lá e para cá, infinitamente.

No que tange a espaço, o Salmo 148 diz:

Mas tu senhor, que estás nas alturas para sempre”.

Está claro: ‘nas alturas para sempre’. Nas alturas para sempre não quer dizer no chão agora, nem na terra ontem, nem na praia, no carnaval. Quer dizer: lá em cima! Por toda a eternidade!

“Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o todas as suas hostes! (2) Louvai-o, sol e lua, louvai-o todas as estrelas luzentes! (3) Louvai-o céus dos céus, e as águas que estão sobre os céus! (4)”

É incompreensível para muitos engenheiros da ciência o infinito e a eternidade (Céus dos Céus?).  Tudo para eles tem um começo e um fim e uma explicação matemática. É mais fácil construir astronaves e gastar o tempo em busca de respostas plausíveis dentro de um raio em que o olho e a razão podem alcançar do que  perscrutar o som do cosmo e reconhecer a engenharia enigmática de Deus e louvá-lo por isso! A necessidade científica de descobertas e as pesquisas humanas são legítimas, e não discordo dessa incessante busca pelo desconhecido e pela compreensão do universo. No entanto, afirmo, a empáfia e a arrogância estão para a análise científica como a brandura e o amor estão para as verdades de Deus.

No entanto, afirmo, a empáfia e a arrogância estão para a análise científica como a brandura e o amor estão para as verdades de Deus.

O cientista pode me questionar: quem pode provar que Davi foi inspirado por Deus para escrever os Salmos? Eu respondo com uma pergunta:

“Quem criou os gases, o espaço que formam e sustentam os planetas, as estrelas, o pó do cosmo? O que existe fora deste universo em expansão? O orgulho analítico por muito tempo ironizou este tipo de pergunta e mais recentemente a descoberta da partícula de Deus, o bóson de Higgs, diminuiu a arrogância.

Por isso, quando vejo uma criança soprando bolhas de sabão, tenho todos os enigmas clareados:  a criança, Deus em sua beleza radiante e em sua pura energia soprando as galáxias; as bolhas…  os universos em seu breve lapso de tempo levados pelo sopro…e eu, um jovem homem sem tempo e sem espaço reconhecendo-se infinito.

(março de 2014)

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