Um dos únicos amigos que tive a coragem e a intimidade de ligar e dizer que estava com medo da pandemia foi você Cesar Pedro DA Silva, lembra? Disse que se o turismo acabasse iria atuar na área de jornalismo médico, farmacêutico e queria já – vejam a minha ansiedade em maio de 2020 – umas dicas suas. Quando lembro de você Cesar Pedro, me vem uma vontade de rir, não porque você era um palhaço, brincalhão, amigaço, mas porque você tinha um senso de humor e uma crítica aguçada e açucarada tão sutil, tão verdadeira que constrangia, isso que o distinguia, Cézão.

Grandalhão em corpo, meninão em espírito. Você, ainda no hospital, já respondendo a estímulos, mensagens e bobagens, preparei um áudio aqui para enviar-lhe. O áudio foi censurado porque estava muito terno e gravata, parecia que não era prá você. Gravei outro e te enviei, dizendo que você não estava perdendo nada com essa ausência de uma semana enfiado em uma Unidade de Terapia Intensiva. Tentei devolver a você, Cézão, mesmo naquelas circunstâncias tão difíceis, um pouco da alegria, um pouco das gargalhadas daquele Natal, daquele Ano Novo, daquele karaokê, daquele churrasco que dividimos com a família, com os amigos da Vida Nova. “Cézão, o jogo da Seleção brasileira com a da Argentina foi suspenso pela Anvisa, você não perdeu nada! Cézão, o Palmeiras perdeu de 3 do Flamengo. Também não perdeu nada, Cézão!”. “Que você tratasse de ficar bom que iríamos retornar ao Restaurante Novilho de Prata para gastar umas pratas….”

Não deu Cézão, sou péssimo para fazer piadas, e não sei se você ouviu meu áudio com aquelas bobagens desesperadas querendo lhe reerguer, lhe dizer o quanto eu gostava de você, amigo. Não deu Cézão!

Só sei de uma coisa: Amigo é coisa pra se guardar, do lado esquerdo do peito… E quem cantava chorou ao ver seu amigo partir…meus sentimentos Marcia Barbosa da Silva e Yvone Ayres Da Silva

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