Maria Aparecida Ghobrial, nossa irmã, Cida (Crédito: arquivo pessoal)

A irmã Cida tem como nome de batismo Maria Aparecida de Campos Tomé. Quando casou, em 1968, com Kamal Barsoum Ghobrial, adotou seu nome de casada, Maria Aparecida Ghobrial.

Cida nasceu em São Paulo, no bairro Bela Vista, em 13 de junho de 1943.

“Pessoas da família me chamam pelo primeiro nome, Maria, mas a maioria por Cida mesmo, me acostumei”, adianta ao “Gente da IPI do Ipiranga”.

Cida tem dois filhos, Mounier Kamal e Lisa Cláudia.

Casada com um egípcio, Cida foi com seu marido, Kamal, quatro vezes à terra das pirâmides e dos faraós.

“Minha família era toda católica, e meu padrasto era espírita. Meu pai foi embora de casa, e minha mãe casou de novo. Tive meu primeiro contato com o evangelho aos 19 anos”, conta Cida, mas lembra que ainda criança sentiu ser chamada por Deus.

“Eu gostava dos trabalhos nas praças com crianças, culto de batistas; eles chamavam as crianças para contar história. Estava na casa da minha tia, essa época. Achava lindo e creio que naquela época Deus estava me chamando”, relembra.

Namoro

Aos 19 anos Cida começou a namorar um rapaz, irmão de uma amiga chamada Neuza, que era evangélica e que morava em Carapicuiba. “O pai da Neuza me deu uma Bíblia. Morava nessa época na vila Prudente. e trabalhava em São Caetano e sempre passava em frente a um salão da igreja Congregação do Ipiranga. Eu disse a minha mãe: vamos naquele salão um dia? Ela concordou.

Cida conta que adoraram os louvores, a palavra e as pessoas eram muito acolhedoras. Era uma congregação da IPI do Ipiranga, na rua Dante Alighieri, e quem tomava conta era o pai do pastor Osvaldo (Prado), que também chamava Osvaldo.

Isso tudo, aconteceu por volta dos anos de 1960. “A IPI do Ipiranga já existia e a igreja colocou uma congregação na Dante Alighieri, conta Cida.

Congregação da IPI do Ipiranga, na Vila Prudente. Cida é a terceira da esquerda para a direita. (Crédito: arquivo pessoal)

Pastor Batista na IPI

Ela recorda que ia muito para a igreja do Ipiranga com as amigas mais chegadas. Nessa época o pastor era Eliseu Vieira Gonçalves.

Um dia, ela conta, estava pregando um pastor Batista (não recorda o nome). Ele fazia um apelo para aqueles que quizessem se converter fossem ao lado dele, no púlpito. “Eu fui à frente e me converti aqui no Ipiranga”, recorda Cida, acrescentando que mesmo assim continuou frequentando a congregação na Dante Alighieri.

Apenas em 1969, quando ela casou, passou a frequentar assiduamente a IPI, do Ipiranga.

“Eu vim para o Ipiranga porque morava na rua Manifesto. Meu marido gostava daqui. Comecei a frequentar a IPI”.

Cida não tem certeza exata das datas, mas usa como referência o nascimento de seu filho, Mounier: “Quando meu filho nasceu – ele vai fazer 52 – eu ja frequentava a IPI. Foi aqui que tanto ele como minha filha, a Lisa, foram batizados.

Cida em uma das suas aulas na Escola Dominical (Crédito: arquivo pessoal)
Cida em uma das suas aulas na Escola Dominical (Crédito: arquivo pessoal)

Cida recorda que trouxe para a igreja e que se converteram inúmeros familiares, como a mãe, a tia e o tio.

“O batismo de meus filhos foi feito pelo pastor Hírcio de Oliveira”

Aulas para crianças

Cida não se recorda exatamente o quanto já serviu na igreja, mas lembra sim, da escola dominical e as aulas para as crianças. “Dei aulas para crianças a vida inteira… Dei aula para o Paulinho (Menezes), pro Lucas, pra Deise, pro Rodolfo filho do Sidney, pra Natália do Cleber, pra Vivian filha da Denise, para a Aline, prima da Viviam…

Segunda familia

“A igreja do Ipiranga é muito importante para mim, porque aqui foi onde tomei a decisão perante todos de aceitar e seguir Jesus É onde batizei meus filhos. É minha segunda família, onde tenho comunhão com Deus e com os irmãos. Também aprendi muito ao longo dos anos com os pastores que por aqui passaram”…

Ilustração da Cida, feita por Douglas Galindo

Mais alegrias do que tristeza

Em seu relato, Cida lembra apenas de uma tristeza. Não pode fazer o velório de seu marido Kamal Barsoum Ghobrial, que morreu em 2020, nos primeiros meses da pandemia. “Ele estava com imunidade baixa, mas não morreu de Covid, já estava com sérios problemas de saúde, como demência” relata. “Não pude fazer nenhuma cerimônia de despedida”, lamenta.

Cida e seu marido Kamal Barsoum Ghobrial (Crédito: arquivo pessoal)

Cida é Gente da IPI do Ipiranga.

Diaconia da IPI, 22 de fevereiro de 2023.

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