Por volta de 1958, 1959, estávamos indo de jeep, numa estrada de terra, eu e “seu Noé”, lá prá serraria que ele tinha, próximo à Teodoro Sampaio, lá na Fazenda do Avelino Duarte.
Nós parávamos, geralmente, no meio do caminho, era quase um dia de viagem prá fazer aqueles 150 km e nós parávamos no meio do dia prá almoçar na beira da estrada, geralmente, na casa do pessoal que tinha um boteco na beira da estrada, tal, mas, fornecia pouso quando o jeep atolava e fornecia alimento quando a gente estava viajando.
E nós paramos prá comer numa daquelas casas onde já tínhamos parado outras vezes e o “seu Noé” perguntou:
– Dá prá servir uma comida prá gente aí?
– Dá!
Aí, o dono da casa falou que a mulher ía preparar uma comida e ela foi lá preparar uma comida prá gente e nós esperamos lá, uma meia hora, a comida ficou pronta. Nós estávamos começando a comer, “seu Noé” olhou prum lado, olhou pro outro, olhou pro dono da casa e falou assim:
– Não tem uma pimenta aí, não, “prá mim” melhorar essa gororoba pra mode a gente “cumê”?
Imagina a cara de todo mundo naquela hora!
(Relatado por Eduardo von Atzingen, transcrito pela Mônica von Atzingen)